20.5.06

deixo este monstro viver em mim




alimento-o. deixo-o bater descompassadamente. nego-o e escondo-o sabendo que é meu.
quando se torna demasiado forte magoo-o. deixo-o moribundo mas ele sobrevive.
mantêm-se quieto. parado como uma criança repreendida. fica à espera e por vezes parece-me que já não existe.


mas afinal somos o mesmo
sim. somos um.